segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SEXTA FEIRA

“Nem a imposição da vida urbana,


Vai me fazer abrir a porta para ela

Não quero ser igual

Mas também não quero ser notado pela minha diferença

Só quero que Ela não me veja

E escolha outras vítimas

Tantas que voluntariamente a ela se indicam

Não, não eu

Não me indico,

Nem me apresento

Fujo, escamoteio, falseio

Aqui não há portas encostadas

Só há portas trancadas,

Cadeados, ferrolhos, móveis atrás

Sei que sua presença é normal

Mas não aqui do meu lado

Sorrio. Ando a sorrir. Canto a sorrir.

Tropeço e sorrio

Não que, por isso, a tristeza não me veja

É que, sorrindo, ela pensa que sou miragem”




Javier Fuentes, 09/09

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