Não.
Eu hoje não sei a resposta
Qualquer que seja a pergunta.
Meu silêncio fala o que eu preciso dizer: nada.
Cansei de explicar meus pontos de vista
Cansei de interpretar aquilo que eu mesmo escrevi ou falei
Só para que alguém pudesse me entender.
Que não me entendam hoje então.
Hoje eu só quero andar por aí
Despretensiosamente.
Não sei nem se vai chover nos próximos 5 minutos.
Não quero saber o básico, o complexo ou o inusitado.
Deixe-me ser burro.
Explicar a vida ?
As religiões ?
A transformação do mundo físico e a transcendência dos planos ?
Sei não.
Só quero estar feliz.
Só quero ser generoso indistintamente.
Até para poder ser generoso comigo mesmo.
Se vida é a imperfeição permanente,
Fruto da inconstância irresponsável do Destino
Por que é que eu teria que ser diferente ?
Mudo, contradigo, desdigo e reafirmo.
Tanto faz.
Por que é eu deveria garantir para onde vamos depois daqui ?
De repente, nem vamos para lugar nenhum.
Acabamos. Do pó ao pó.
Hoje eu não quero explicar nada.
Nem quero certas respostas.
Ou quaisquer respostas.
Quero o silêncio. Perturbador e tranqüilizador.
Quero.
Javier Fuentes,
2009.
RÉQUIEM - trecho
Há 15 anos
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